Hoje, com toda a pesquisa já feita, podemos dizer que conhecemos um pouco melhor o estilo de vida, a anatomia, os hábitos alimentares e até o comportamento social dos dinossauros. Mas num ponto é possível afirmar que não sabemos absolutamente nada: a cor dos dinossauros. Mas como isso é possível? Acontece que até hoje poucas amostras de pele de dinossauro foram encontradas. Através dessas amostras sabemos que os dinossauros em geral tinham a pele recoberta por escamas e, em alguns casos, penas. Essas escamas e penas eram diferentes entre as espécies. Alguns dinos tinham pequenas escamas arredondadas, enquanto outros tinham enormes escamas em forma de placas dérmicas.
No que se refere à textura, já temos uma certa idéia de como era o revestimento externo dos dinos. Mas em nenhum dos fósseis já encontrados existiam indícios de pigmentos preservados. Sem esses pigmentos não podemos ter idéia alguma da real coloração desses animais.
Mas então, como alguns especialistas reconstituem tais criaturas e estas parecem tão reais, se ninguém nunca viu um dinossauro vivo?
Esses especialistas, já que não têm certeza da coloração, precisam usar de imaginação e criatividade. Mas essa imaginação deve ser coerente. Provavelmente não existiram dinossauros cor-de-rosa com pintinhas azuis.
Partindo desse princípio eles começam a buscar pistas que ao menos lhes permita recriar animais cujas cores sejam, mesmo que não exatas, sensatas.
Se observarmos os animais de hoje, percebemos que suas cores estão diretamente relacionadas ao seu estilo de vida. As cores podem ser úteis para camuflagem, mimetismo, atração sexual, status social... E estes mesmos padrões valiam há milhões de anos, quando os dinossauros dominavam a Terra. Ao analisarem os dinossauros, seus hábitos alimentares, o tipo de ambiente onde viviam, seu comportamento social... os especialistas podem inspirar-se para realizar seu trabalho.
Os animais atuais também são muito utilizados como modelo para a reconstituição de um dinossauro.
Durante muitos anos os paleontólogos e paleoartistas costumavam representar os dinossauros com colorações mortas, como cinza, marrom ou verde escuro.
Hoje muitos acreditam que, tais como seus primos mais próximos, aves e répteis, os dinossauros fossem bem mais coloridos e variados.
Um exemplo disso são os famosos Triceratops. Muitos acreditavam que esses pesados herbívoros eram acinzentados ou mesmo amarronzados . Tais animais, em sua concepção, não precisavam de camuflagem para esconder-se de predadores, já que seus cornos e sua gorjeia intimidariam até o maior dos tiranossauros. Mas talvez eles fossem bem coloridos, não para camuflar-se, mas para se mostrar. É possível que suas cores vivas não só intimidassem inimigos mas atraíssem parceiras para o acasalamento .
Outros ceratopsianos, como o Styracosaurus (abaixo), podem ter usado cores fortes para, juntamente com seus espigões na gorjeia e seu enorme corno nasal, assustar os grandes predadores, como o Albertosaurus e o Daspletosaurus.
O mesmo pode ter ocorrido em animais de placas ósseas, como o Stegosaurus e os de barbatana, como o Amargasaurus . Nessas espécies, as placas e as barbatanas poderiam adquirir cores mais fortes na época do acasalamento, sinalizando a outros de sua espécie que o animal estava pronto para o namoro.
Na natureza cores vivas podem ainda ter um outro significado: perigo. Muitos animais associam cores chamativas a criaturas perigosas. É bem possível que muitos dinos, mesmo que não fossem perigosos de verdade, pudessem ter cores berrantes, imitando a padronagem de espécies temidas para enganar os inimigos. Um caso clássico de mimetismo cromático.
Algumas espécies, como as atuais zebras e girafas, apresentam uma estranha padronagem de listras e manchas cuja principal função é confundir o predador. Quando um bando de zebras está correndo, é quase impossível distinguir os animais individualmente, pois sua coloração causa uma ilusão óptica que confunde os leões. Dinossauros como os ornitomimossauros ou mesmo os grandes terizinossauros podem ter desenvolvido cores semelhantes para obter o mesmo efeito.
Entre as espécies emplumadas (abaixo) as cores provavelmente desempenhavam mais a função de atrativos sexuais durante os rituais de corte, na época de acasalamento.
Entre os saurópodes, talvez o mundo fosse mais discreto. Grandes demais para serem atacados, os saurópodes adultos provavelmente não dependiam tanto de camuflagem ou intimidação. Mas alguns acreditam que os filhotes apresentassem cores que os ajudassem a se camuflar nos primeiros anos de vida, quando os adultos os abandonavam na floresta até que tivessem idade suficiente para conseguir acompanhar o ritmo de uma manada. É possível também que os adultos, em época de acasalamento adquirissem cores mais vivas no pescoço e cauda, para impressionar companheiros.
Os hadrossauros e iguanodontes eram grandes herbívoros de até 5 toneladas que serviam de presas para inúmeros carnívoros. Na maior parte do tempo seu hábitat era composto de florestas mais fechadas e bosques. Para esses animais a camuflagem era o melhor caminho. Qualquer cor que os escondesse dos inimigos era útil.
No caso das espécies que viviam em áreas mais abertas, a hipótese do mimetismo cromático com intuito de enganar os inimigos, fazendo-os pensar que eram animais perigosos, pode ter sido também usada.
Entre os carnívoros, a camuflagem era mais importante que qualquer outra coisa. Para garantir uma boa caçada, mesmo os mais ágeis predadores, como os raptores precisavam de uma padronagem que os tornassem imperceptíveis em seu meio. Assim os carnívoros em geral podem ter tido padrões listrados e pintados, como atuais tigres e leopardos (abaixo).
Podem também ter apresentado cores escuras, como preto ou diversos tons de verde para confundir-se em áreas de mata mais escura.
Acredita-se que carnívoros maiores, como Tyrannosaurus, Giganotosaurus ou mesmo Spinosaurus, poderiam, além de caçar, roubar presas de predadores menores.
Nesses casos o tamanho e a aparência podem ser importantes. Se observarmos nos dias de hoje, vemos que os leões machos, muito conhecidos por esse tipo de comportamento, apresentam jubas espessas e um rugido assustador. Essas características fazem dele um animal muito impressionante, mesmo para os de sua própria espécie. Tanto é verdade que, mesmo sendo em geral as fêmeas que apanham o alimento, o macho, com toda a sua presença, afasta-as do prêmio e come primeiro.
Nesse jogo de intimidação as cores também podem ser importantes. Imagine um enorme Tyrannosaurus escuro, com uma cabeça vermelha como sangue (abaixo), ou um Spinosaurus, com sua barbatana toda colorida. Deve ter sido uma visão impressionante. Se um predador menor fosse surpreendido se alimentando por um desses gigantes, com certeza fugiria bem rápido, deixando sua refeição para ser saboreada por eles.
É bem provável que nunca saibamos qual era a cor real de um dinossauro. Mas com as análises sérias dos cientistas, podemos ao menos ter uma idéia desse mundo selvagem e, por que não, colorido, onde os dinossauros reinavam absolutos.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Dinossauros o Retorno
Essa com certeza é uma pergunta que vem "martelando" a cabeça de muitas pessoas desde a estréia do filme JURASSIC PARK .
- Será que a história do filme poderia tornar-se realidade?
Bem. . . ,talvez, num futuro não muito longe...
Infelizmente a tecnologia que dispomos atualmente ainda está longe de realizar os milagres mostrados no filme. Sabemos que, em teoria, se dispuséssemos do DNA, ou seja, o código genético dos dinossauros, talvez pudéssemos criar um embrião. O principal problema é que até hoje ninguém conseguiu extrair o DNA intacto desses animais. Alguns pesquisadores tentaram retirá-lo de fósseis de dinos mas não tiveram resultados muito satisfatórios. Conseguiram apenas poucos fragmentos. Também já utilizaram o método mostrado no filme, tentando extraí-lo de mosquitos preservados em âmbar. O desapontamento foi o mesmo. Até o momento conseguir DNA intacto de dinossauro parece praticamente impossível para os geneticistas e paleontólogos envolvidos nesse trabalho.
- Mas e se eles conseguissem? Então teríamos um dinossauro vivo?
Ainda seria extremamente complicado. Devemos lembrar que o embrião seria o primeiro passo. Para que ele pudesse se desenvolver seria necessário um ovo com as mesmas propriedades dos ovos originais dos dinossauros. Como nenhum animal atual tem esse tipo de ovo, provavelmente teríamos de desenvolver uma versão sintética que conseguisse suprir as necessidades do embrião durante seu desenvolvimento.
- Mas e se conseguíssemos o ovo, daí teríamos o dinossauro?
Mesmo conseguindo criar o embrião e desenvolvê-lo em um ovo sintético, devemos lembrar que o planeta mudou muito nos últimos 65 milhões de anos. O clima está diferente, o ambiente, a vegetação. Seria muito difícil conseguir um local apropriado para a sua sobrevivência. Além disso o animal poderia não ter defesas orgânicas contra as bactérias e vírus atuais. Portanto não devemos ficar afoitos com a idéia de termos dinossauros vivos por um longo tempo. O processo é difícil demais para a tecnologia que dispomos na atualidade. Devemos agora nos contentar em vê-los nos livros, nos filmes e nos programas.
Recentemente alguns cientistas descobriram uma múmia congelada de mamute na tundra siberiana. Já falam em clonar o animal. Talvez com o mamute as coisas sejam um pouco diferentes. O mamute é um animal muito mais recente se comparado aos dinossauros. Além disso o corpo encontrado estava tão bem preservado que ainda conservavam pêlos, carne e órgãos. Provavelmente será mais fácil extraírem seu DNA. E, por último, o mamute tem um parente próximo ainda vivo, o elefante, cuja fêmea poderia servir de barriga de aluguel para o bebê milenar. . .
Mas a questão é: para quê trazer um animal extinto de volta? Apenas para satisfazer nosso ego? Afinal eles tiveram sua chance. Viveram por milhões de anos e infelizmente a natureza os escolheu para a extinção. . .
Será que temos esse direito?
- Será que a história do filme poderia tornar-se realidade?
Bem. . . ,talvez, num futuro não muito longe...
Infelizmente a tecnologia que dispomos atualmente ainda está longe de realizar os milagres mostrados no filme. Sabemos que, em teoria, se dispuséssemos do DNA, ou seja, o código genético dos dinossauros, talvez pudéssemos criar um embrião. O principal problema é que até hoje ninguém conseguiu extrair o DNA intacto desses animais. Alguns pesquisadores tentaram retirá-lo de fósseis de dinos mas não tiveram resultados muito satisfatórios. Conseguiram apenas poucos fragmentos. Também já utilizaram o método mostrado no filme, tentando extraí-lo de mosquitos preservados em âmbar. O desapontamento foi o mesmo. Até o momento conseguir DNA intacto de dinossauro parece praticamente impossível para os geneticistas e paleontólogos envolvidos nesse trabalho.
- Mas e se eles conseguissem? Então teríamos um dinossauro vivo?
Ainda seria extremamente complicado. Devemos lembrar que o embrião seria o primeiro passo. Para que ele pudesse se desenvolver seria necessário um ovo com as mesmas propriedades dos ovos originais dos dinossauros. Como nenhum animal atual tem esse tipo de ovo, provavelmente teríamos de desenvolver uma versão sintética que conseguisse suprir as necessidades do embrião durante seu desenvolvimento.
- Mas e se conseguíssemos o ovo, daí teríamos o dinossauro?
Mesmo conseguindo criar o embrião e desenvolvê-lo em um ovo sintético, devemos lembrar que o planeta mudou muito nos últimos 65 milhões de anos. O clima está diferente, o ambiente, a vegetação. Seria muito difícil conseguir um local apropriado para a sua sobrevivência. Além disso o animal poderia não ter defesas orgânicas contra as bactérias e vírus atuais. Portanto não devemos ficar afoitos com a idéia de termos dinossauros vivos por um longo tempo. O processo é difícil demais para a tecnologia que dispomos na atualidade. Devemos agora nos contentar em vê-los nos livros, nos filmes e nos programas.
Recentemente alguns cientistas descobriram uma múmia congelada de mamute na tundra siberiana. Já falam em clonar o animal. Talvez com o mamute as coisas sejam um pouco diferentes. O mamute é um animal muito mais recente se comparado aos dinossauros. Além disso o corpo encontrado estava tão bem preservado que ainda conservavam pêlos, carne e órgãos. Provavelmente será mais fácil extraírem seu DNA. E, por último, o mamute tem um parente próximo ainda vivo, o elefante, cuja fêmea poderia servir de barriga de aluguel para o bebê milenar. . .
Mas a questão é: para quê trazer um animal extinto de volta? Apenas para satisfazer nosso ego? Afinal eles tiveram sua chance. Viveram por milhões de anos e infelizmente a natureza os escolheu para a extinção. . .
Será que temos esse direito?
A extinção dos Dinossauros
Depois de mais de 160 milhões de anos de reinado, os dinossauros misteriosamente há 65 milhões de anos desaparecem do planeta para sempre.
O que aconteceu? . . . Afinal, um grupo que foi um verdadeiro sucesso evolucionário durante centenas de milhares de anos não podia desaparecer assim . . . e eles não foram os únicos . . . os répteis marinhos, os pterossauros, os amonites (enormes moluscos marinhos) além de muitas espécies vegetais também sumiram. E o mais intrigante: os mamíferos, as aves, os crocodilos, as tartarugas e os lagartos, que conviveram com eles sobreviveram. . .
Muito até hoje tentam explicar esse sumiço repentino. Sendo assim muitas teorias sobre essa extinção em massa foram propostas, algumas absurdas e outras bastante convincentes.
Comecemos pelos absurdos e maluquices:
Incompetência e estupidez: Essa idéia foi a mais aceita no início, quando os dinossauros acabavam de ser descobertos. Os paleontólogos vitorianos acreditavam que sendo criaturas com cérebros tão minúsculos os dinossauros eram extremamente estúpidos e não tiveram competência para continuar a existir. Hoje essa teoria foi abolida. Sabemos que as coisas não são bem assim. Os tamanhos dos cérebros não medem a inteligência. Se sendo incompetentes eles viveram mais de 160 milhões de anos, imaginem se fossem inteligentes.
Tédio evolutivo: Alguns cientistas propuseram que todas as espécies tem um tempo certo de existir. Para eles os dinossauros viveram demais e já não tinham mais para onde evoluir. Assim passaram a desenvolver estruturas aberrantes e sem função como os espessos crânios dos paquicefalossauros ou as cristas exóticas dos hadrossauros. Sabemos hoje que essas estruturas desempenhavam uma função importante na vida desses animais. Assim essa teoria está descartada.
Catarata: Alguns acreditam que os dinossauros desenvolveram um tipo de catarata causada por um aumento na emissão de raios ultra-violeta na Terra. Sem poderem se guiar, podiam cair de abismos ou acabarem presos em armadilhas naturais.
Desinteria: Segunda essa teoria os dinossauros teriam desenvolvido uma doença que causavam desinteria crônica. Assim eles teriam encerrado seu reinado soterrados pela sua própria bo. . .
Praga de lagartas: Uma praga de lagartas teria dizimado todos os vegetais do planeta, acabando com a fonte de alimento dos herbívoros. Haja lagarta ! ! !
Câncer de pele: A emissão excessiva de raios ultra-violeta teria causado câncer de pele nos dinossauros, levando-os à morte. Também, eles não tinham bronzeador Sundown . . .
Ovnis: Alguns "cientistas"(?) um tanto malucos propuseram que os dinossauros teriam sido caçados por extraterrestres incansavelmente até a extinção. Falam também que eles podem ter preservado alguns deles e terem os levado em suas naves espaciais sabe-se lá para onde. Que piada . . .
Depois dessas pérolas da ciência passemos para as teorias realmente sérias:
Vulcanismo: Acredita-se que durante o final do Cretáceo, com o movimento de afastamento das placas continentais um intenso processo de vulcanismo teria lançado na atmosfera uma espessa camada de poeira de enxofre que, além de bloquear a passagem de luz do Sol com o tempo provocaria a queda das chuvas ácidas, destruindo as fontes de alimento dos dinossauros e levando-os à morte.
Frio: Com o aparecimento de estações do ano mais diferenciadas, nas épocas mais frias os dinossauros de sangue frio acabariam não agüentando e morrendo.
Mamíferos: Alguns paleontólogos acreditam que pequenos mamíferos comiam ovos de dinossauros e poderiam ter prejudicado de forma permanente o processo de reprodução dos mesmos. Realmente existiam mamíferos que poderiam se alimentar de ovos de dinossauros. Mas fazer isso a ponto de levá-los à extinção é um pouco de exagero. Seriam necessários centenas de milhôes dessas criaturas para provocar esse efeito. Além disso sabemos que as mamães dinossauro não arredavam pé dos ninhos e não permitiam tão facilmente que tais ladrões obtivessem êxito.
Doenças: Propôs-se que os dinossauros desenvolveram novas doenças e que sendo migratórios por natureza acabavam levando-as para outras regiões, contaminando outros dinossauros.
Decadência gradual: A diminuição do número de espécies no final do Cretáceo leva alguns cientistas a imaginar que talvez a sua extinção se deva a uma decadência gradual do grupo. Como nesse período as mudanças ambientais eram rápidas e radicais, os dinossauros, sendo seres super-especializados sofreram com isso.
Sabemos que a especialização pode ser útil para uma espécie, pois torna seus representantes mais aptos para sobreviver em determinados ambientes. Só que isso funciona só em ambientes onde não ocorrem mudanças repentinas, pois esse processo é longo e complexo. Quando ocorrem essas repentinas mudanças, os especializados são os primeiros a desaparecer. Ficam vivos apenas os não-especializados, que podem se adaptar mais rápido a qualquer ambiente.
Assim no final do Cretáceo, com as mudanças rápidas, os dinossauros, pterossauros e répteis marinhos especializadas morreram, enquanto os crocodilos e tartarugas, aves e mamíferos, não-especializados, agüentaram e sobreviveram.
Meteoro: É a teoria mais aceita e difundida em todo o mundo. Uma enorme cratera de vários quilômetros de diâmetro encontrado no Golfo do México evidência que há 65 milhões de anos um enorme meteoro caiu na Terra, provocando uma explosão de impacto com potência maior que o de todas as armas nucleares juntas.
A própria explosão em si matou milhares de animais não só onde houve a queda como também por milhares de quilômetros de distância. O impacto também causou um enorme maremoto que varreu todas as áreas costeiras do planeta.
Causou ainda inúmeros terremotos e erupções vulcânicas que expeliram lava ( que destruiu extensas áreas do planeta) e gases tóxicos. Esses gases, juntamente com a poeira levantada pelo impacto formaram uma espessa camada ao redor de todo o planeta, que impediu a entrada de luz solar, talvez por alguns meses ou até anos. Sem a luz as plantas não podiam fazer fotossíntese e acabaram morrendo. Os dinossauros herbívoros, que necessitavam de enormes quantidades de plantas para se sustentarem acabarem morrendo de fome. Com tantas carcaças os carnívoros fizeram a festa. Só que o que é bom dura pouco. As carcaças acabaram e até eles sucumbiram. É o fim dos dinossauros.
O que aconteceu? . . . Afinal, um grupo que foi um verdadeiro sucesso evolucionário durante centenas de milhares de anos não podia desaparecer assim . . . e eles não foram os únicos . . . os répteis marinhos, os pterossauros, os amonites (enormes moluscos marinhos) além de muitas espécies vegetais também sumiram. E o mais intrigante: os mamíferos, as aves, os crocodilos, as tartarugas e os lagartos, que conviveram com eles sobreviveram. . .
Muito até hoje tentam explicar esse sumiço repentino. Sendo assim muitas teorias sobre essa extinção em massa foram propostas, algumas absurdas e outras bastante convincentes.
Comecemos pelos absurdos e maluquices:
Incompetência e estupidez: Essa idéia foi a mais aceita no início, quando os dinossauros acabavam de ser descobertos. Os paleontólogos vitorianos acreditavam que sendo criaturas com cérebros tão minúsculos os dinossauros eram extremamente estúpidos e não tiveram competência para continuar a existir. Hoje essa teoria foi abolida. Sabemos que as coisas não são bem assim. Os tamanhos dos cérebros não medem a inteligência. Se sendo incompetentes eles viveram mais de 160 milhões de anos, imaginem se fossem inteligentes.
Tédio evolutivo: Alguns cientistas propuseram que todas as espécies tem um tempo certo de existir. Para eles os dinossauros viveram demais e já não tinham mais para onde evoluir. Assim passaram a desenvolver estruturas aberrantes e sem função como os espessos crânios dos paquicefalossauros ou as cristas exóticas dos hadrossauros. Sabemos hoje que essas estruturas desempenhavam uma função importante na vida desses animais. Assim essa teoria está descartada.
Catarata: Alguns acreditam que os dinossauros desenvolveram um tipo de catarata causada por um aumento na emissão de raios ultra-violeta na Terra. Sem poderem se guiar, podiam cair de abismos ou acabarem presos em armadilhas naturais.
Desinteria: Segunda essa teoria os dinossauros teriam desenvolvido uma doença que causavam desinteria crônica. Assim eles teriam encerrado seu reinado soterrados pela sua própria bo. . .
Praga de lagartas: Uma praga de lagartas teria dizimado todos os vegetais do planeta, acabando com a fonte de alimento dos herbívoros. Haja lagarta ! ! !
Câncer de pele: A emissão excessiva de raios ultra-violeta teria causado câncer de pele nos dinossauros, levando-os à morte. Também, eles não tinham bronzeador Sundown . . .
Ovnis: Alguns "cientistas"(?) um tanto malucos propuseram que os dinossauros teriam sido caçados por extraterrestres incansavelmente até a extinção. Falam também que eles podem ter preservado alguns deles e terem os levado em suas naves espaciais sabe-se lá para onde. Que piada . . .
Depois dessas pérolas da ciência passemos para as teorias realmente sérias:
Vulcanismo: Acredita-se que durante o final do Cretáceo, com o movimento de afastamento das placas continentais um intenso processo de vulcanismo teria lançado na atmosfera uma espessa camada de poeira de enxofre que, além de bloquear a passagem de luz do Sol com o tempo provocaria a queda das chuvas ácidas, destruindo as fontes de alimento dos dinossauros e levando-os à morte.
Frio: Com o aparecimento de estações do ano mais diferenciadas, nas épocas mais frias os dinossauros de sangue frio acabariam não agüentando e morrendo.
Mamíferos: Alguns paleontólogos acreditam que pequenos mamíferos comiam ovos de dinossauros e poderiam ter prejudicado de forma permanente o processo de reprodução dos mesmos. Realmente existiam mamíferos que poderiam se alimentar de ovos de dinossauros. Mas fazer isso a ponto de levá-los à extinção é um pouco de exagero. Seriam necessários centenas de milhôes dessas criaturas para provocar esse efeito. Além disso sabemos que as mamães dinossauro não arredavam pé dos ninhos e não permitiam tão facilmente que tais ladrões obtivessem êxito.
Doenças: Propôs-se que os dinossauros desenvolveram novas doenças e que sendo migratórios por natureza acabavam levando-as para outras regiões, contaminando outros dinossauros.
Decadência gradual: A diminuição do número de espécies no final do Cretáceo leva alguns cientistas a imaginar que talvez a sua extinção se deva a uma decadência gradual do grupo. Como nesse período as mudanças ambientais eram rápidas e radicais, os dinossauros, sendo seres super-especializados sofreram com isso.
Sabemos que a especialização pode ser útil para uma espécie, pois torna seus representantes mais aptos para sobreviver em determinados ambientes. Só que isso funciona só em ambientes onde não ocorrem mudanças repentinas, pois esse processo é longo e complexo. Quando ocorrem essas repentinas mudanças, os especializados são os primeiros a desaparecer. Ficam vivos apenas os não-especializados, que podem se adaptar mais rápido a qualquer ambiente.
Assim no final do Cretáceo, com as mudanças rápidas, os dinossauros, pterossauros e répteis marinhos especializadas morreram, enquanto os crocodilos e tartarugas, aves e mamíferos, não-especializados, agüentaram e sobreviveram.
Meteoro: É a teoria mais aceita e difundida em todo o mundo. Uma enorme cratera de vários quilômetros de diâmetro encontrado no Golfo do México evidência que há 65 milhões de anos um enorme meteoro caiu na Terra, provocando uma explosão de impacto com potência maior que o de todas as armas nucleares juntas.
A própria explosão em si matou milhares de animais não só onde houve a queda como também por milhares de quilômetros de distância. O impacto também causou um enorme maremoto que varreu todas as áreas costeiras do planeta.
Causou ainda inúmeros terremotos e erupções vulcânicas que expeliram lava ( que destruiu extensas áreas do planeta) e gases tóxicos. Esses gases, juntamente com a poeira levantada pelo impacto formaram uma espessa camada ao redor de todo o planeta, que impediu a entrada de luz solar, talvez por alguns meses ou até anos. Sem a luz as plantas não podiam fazer fotossíntese e acabaram morrendo. Os dinossauros herbívoros, que necessitavam de enormes quantidades de plantas para se sustentarem acabarem morrendo de fome. Com tantas carcaças os carnívoros fizeram a festa. Só que o que é bom dura pouco. As carcaças acabaram e até eles sucumbiram. É o fim dos dinossauros.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Alossauro
O Alossauro foi um grande carnívoro que habitou a América do Norte durante o período Jurássico, esta linhagem é considerada uma linhagem de dinossauros terópodes predadores de grande porte que teve seu auge neste período, mas continuaram a existir até Cretáceo Médio.
O Alossauro cujo nome significa "lagarto diferente", viveu principalmente nos EUA, África e Austrália, e foi descoberto em 1877. Possuía estranhas elevações ósseas em cima e na frente dos olhos, sua cauda era comprida e o pescoço curto e forte. Nos pés tinha quatro dedos, sendo que um era menor.
A história conta que pesados herbívoros estavam na água arrancando as folhas das árvores quando dois Alossauros avançaram sobre eles rapidamente. Um dos Alossauros fincou seus dentes afiados na cauda de um desses herbívoros, que sem conseguir fugir, caiu de lado, afundando pela metade no lodo do rio. Apareceu então o outro Alossauro, e o destino daquele herbívoro foi selado. Os dois mataram-no e comeram a vontade, deixando para trás o cadáver sangrento. Esta cena pôde ser reconstituída através de um achado nos EUA, onde nítidas marcas de dentes de um Alossauro foram encontradas nos ossos fossilizados da cauda de um Apatossauro, que deveria ter sido arrancada com extrema violência. Além disso, no mesmo local foram encontrados alguns dentes de Alossauro. Este achado mostra que o Alossauro caçava em bandos e não se alimentava só de carniça, pois se o Apatossauro já estivesse morto, ele não precisaria tê-lo mordido tão ferozmente.
Dados do Dinossauro:
Nome Científico: Allosaurus Fragilis
Local em que viveu: América do Norte, África
Época: Fim do Jurássico, entre 153 à 135 milhões de anos atrás
Peso: até 3 toneladas
Tamanho: até 12 m de comprimento e 5 m de altura
Alimentação: Carnívora
Aucassauro
O Aucassauro cujo nome tem origem no idioma Mapuche, onde Auca Mahuida é o local onde fora encontrado, significando "lagarto de Auca" e "garridoi" em homenagem a seu descobridor o geólogo Alberto Garrido. Viveu há aproximadamente 78 milhões de anos atrás durante o período Cretáceo nos arredores do vulcão Auca Mahuida na cidade de Neuquén na Argentina.
Seus fósseis foram descobertos no Subgrupo Rio Colorado na Formação Anacleto, sendo descritos em 1999 baseados em um dos mais completos esqueletos de Abelissaurídeos já descobertos e atualmente estão depositados no museu Cármen Funes em Plaza Huincul.
Dados do Dinossauro:
Nome Científico: Aucasaurus garridoi
Época: Cretácio Superior, Campaniano.o
Local onde viveu: Argentina
Peso: Cerca de 1500 pounds
Tamanho: 9 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Dinossauros do Brasil
A Paleontologia no Brasil vem engatinhando há muito tempo e ainda não conseguiu se igualar a paises como E.U.A., Inglaterra e Argentina.Três são os principais motivos que brecam esse desenvolvimento: a falta de investimentos, o pequeno números de pesquisadores dessa área e o próprio aspecto geográfico, pois não dispomos de muitas áreas favoráveis às escavações, não pelo tipo de solo, mas pelo fato de muitas vezes os locais favoráveis à descoberta de fósseis estarem localizados em áreas de preservação.
Não se pode, é claro, destruir um local de mata só para escavar fósseis... Nos E.U.A. e Argentina, por exemplo as escavações são normalmente realizadas em desertos, onde o impacto das mesmas é pequeno. Aqui no Brasil não existem desertos. O mais próximo que temos disso é o sertão nordestino.
Em relação aos dinossauros poucas foram as espécies descritas até hoje. Mas os especialistas acreditam que nosso país foi habitado por uma inúmera variedade desses animais. Um indício disso são as várias descobertas feitas no país vizinho ao nosso, a Argentina.
Um fato interessante sobre nossa paleofauna mesozóica é de que quase todos os dinossauros descobertos aqui ou são do final do Triássico ou do começo do Cretáceo. Aparentemente não foram encontrados até agora fósseis do Jurássico. Alguns acreditam que nesse período nossa região por alguma causa não explicada tornou-se inabitável para essas criaturas (provavelmente houve um processo de desertificação), espantando-as para outras regiões até que no início do Cretáceo as condições melhoraram e eles voltaram.
Fósseis indicam a presença de criaturas semelhantes mas não diretamente aparentadas aos dromeossaurídeos da América do Norte e Ásia, tais como o Velociraptor e o Deinonychus.
Também existem pistas de ornitomimossaurídeos, semelhantes ao Ornithomimus.
Há ainda ovos de prováveis ceratopsianos (dinos com chifres), pegadas de iguanodontídeos e outros ornitópodes, estegossaurídeos bastante grandes, além de dentes de enormes carnossauros, como o Abelisaurus.
Com certeza esse era o paraíso dos saurópodes do grupo dos titanossaurídeos. Centenas de ossos dessas criaturas enormes foram encontrados em várias partes do Brasil. Duas espécies já foram descritas: o Antarctosaurus e o Gondwanatitan (abaixo, respectivamente).
Além deles ainda foram encontrados representantes do grupo dos espinossaurídeos (abaixo), dinossauros carnívoros grandes com cabeça de crocodilo e provavelmente especializados em apanhar peixes. Também possuem 2 gêneros descritos: o Angaturama e o Irritator (atualmente são considerados que possam ser da mesma espécie ou até o mesmo espécimen).
Entre os dinossauros primitivos existem ocorrências de sauropodomorfos como o Saturnalia de 1,5 m de comprimento e pequenos carnívoros como o Staurikosaurus (abaixo) e o Guaibasaurus.
Recentemente foi adicionado a nossa coleção mais um interessante animal, o Santanaraptor (abaixo). Esse novo dinossauro carnívoro de 1,5 m de comprimento representa uma nova peça no quebra-cabeças do mundo pré-histórico. Viveu no Ceará há cerca de 110 milhões de anos e parece ter pertencido à mesma linhagem que deu origem ao majestoso Tyrannosaurus da América do Norte. Não só foram encontrados fósseis de ossos como também de tecidos "moles" como vasos sangüíneos, pele e fibras musculares, fato raro na Paleontologia. Com base em toda essa informação os especialista puderam traçar um perfil bastante próximo da aparência real dessa criatura. Acredita-se que os fósseis encontrados pertenciam a um animal jovem. Supõe-se que quando adulto o Santanaraptor poderia chegar a 2,5 m de comprimento.
Não está descartada a hipótese de que os dinossauros descobertos na Argentina também tivessem habitado nossa região, tal como ocorreu com o Abelisaurus , descrito tanto aqui como lá. Só porque ainda não foram encontrados não significa que não viveram aqui também. Sendo animais migratórios e estando as duas regiões tão próximas e aparentemente sem barreiras é possível que grandes herbívoros como o Argentinosaurus, o Amargasaurus (abaixo, respectivamente ) e o Saltasaurus,
seguidos pelos carnívoros Giganothosaurus, Megaraptor (abaixo, respectivamente ) e Carnotaurus podem ter passado parte de suas vidas em solo brasileiro.
Só o tempo e as novas expedições de pesquisa dirão se essa afirmação está correta. . .
O Brasil ainda é conhecido como um dos mais importantes sítios de fósseis de pterossauros. A região da Chapada do Araripe na Era Mesozóica foi um importante ponto de encontro para pterossauros de diversos tipos e tamanhos.
Entre os mais impressionantes pterossauros aqui encontrados encontram-se: Tupuxuara, Tapejara (abaixo), Tropeognathus e o Anhanguera.
Alguns fósseis estudados mais recentemente de Anhanguera, sugerem que ele pode ter sido o maior pterossauro já encontrado (abaixo), desbancando o Quetzalcoatlus da América do Norte. Supõe-se que sua envergadura pudesse atingir cerca de 13 m.
Não se pode, é claro, destruir um local de mata só para escavar fósseis... Nos E.U.A. e Argentina, por exemplo as escavações são normalmente realizadas em desertos, onde o impacto das mesmas é pequeno. Aqui no Brasil não existem desertos. O mais próximo que temos disso é o sertão nordestino.
Em relação aos dinossauros poucas foram as espécies descritas até hoje. Mas os especialistas acreditam que nosso país foi habitado por uma inúmera variedade desses animais. Um indício disso são as várias descobertas feitas no país vizinho ao nosso, a Argentina.
Um fato interessante sobre nossa paleofauna mesozóica é de que quase todos os dinossauros descobertos aqui ou são do final do Triássico ou do começo do Cretáceo. Aparentemente não foram encontrados até agora fósseis do Jurássico. Alguns acreditam que nesse período nossa região por alguma causa não explicada tornou-se inabitável para essas criaturas (provavelmente houve um processo de desertificação), espantando-as para outras regiões até que no início do Cretáceo as condições melhoraram e eles voltaram.
Fósseis indicam a presença de criaturas semelhantes mas não diretamente aparentadas aos dromeossaurídeos da América do Norte e Ásia, tais como o Velociraptor e o Deinonychus.
Também existem pistas de ornitomimossaurídeos, semelhantes ao Ornithomimus.
Há ainda ovos de prováveis ceratopsianos (dinos com chifres), pegadas de iguanodontídeos e outros ornitópodes, estegossaurídeos bastante grandes, além de dentes de enormes carnossauros, como o Abelisaurus.
Com certeza esse era o paraíso dos saurópodes do grupo dos titanossaurídeos. Centenas de ossos dessas criaturas enormes foram encontrados em várias partes do Brasil. Duas espécies já foram descritas: o Antarctosaurus e o Gondwanatitan (abaixo, respectivamente).
Além deles ainda foram encontrados representantes do grupo dos espinossaurídeos (abaixo), dinossauros carnívoros grandes com cabeça de crocodilo e provavelmente especializados em apanhar peixes. Também possuem 2 gêneros descritos: o Angaturama e o Irritator (atualmente são considerados que possam ser da mesma espécie ou até o mesmo espécimen).
Entre os dinossauros primitivos existem ocorrências de sauropodomorfos como o Saturnalia de 1,5 m de comprimento e pequenos carnívoros como o Staurikosaurus (abaixo) e o Guaibasaurus.
Recentemente foi adicionado a nossa coleção mais um interessante animal, o Santanaraptor (abaixo). Esse novo dinossauro carnívoro de 1,5 m de comprimento representa uma nova peça no quebra-cabeças do mundo pré-histórico. Viveu no Ceará há cerca de 110 milhões de anos e parece ter pertencido à mesma linhagem que deu origem ao majestoso Tyrannosaurus da América do Norte. Não só foram encontrados fósseis de ossos como também de tecidos "moles" como vasos sangüíneos, pele e fibras musculares, fato raro na Paleontologia. Com base em toda essa informação os especialista puderam traçar um perfil bastante próximo da aparência real dessa criatura. Acredita-se que os fósseis encontrados pertenciam a um animal jovem. Supõe-se que quando adulto o Santanaraptor poderia chegar a 2,5 m de comprimento.
Não está descartada a hipótese de que os dinossauros descobertos na Argentina também tivessem habitado nossa região, tal como ocorreu com o Abelisaurus , descrito tanto aqui como lá. Só porque ainda não foram encontrados não significa que não viveram aqui também. Sendo animais migratórios e estando as duas regiões tão próximas e aparentemente sem barreiras é possível que grandes herbívoros como o Argentinosaurus, o Amargasaurus (abaixo, respectivamente ) e o Saltasaurus,
seguidos pelos carnívoros Giganothosaurus, Megaraptor (abaixo, respectivamente ) e Carnotaurus podem ter passado parte de suas vidas em solo brasileiro.
Só o tempo e as novas expedições de pesquisa dirão se essa afirmação está correta. . .
O Brasil ainda é conhecido como um dos mais importantes sítios de fósseis de pterossauros. A região da Chapada do Araripe na Era Mesozóica foi um importante ponto de encontro para pterossauros de diversos tipos e tamanhos.
Entre os mais impressionantes pterossauros aqui encontrados encontram-se: Tupuxuara, Tapejara (abaixo), Tropeognathus e o Anhanguera.
Alguns fósseis estudados mais recentemente de Anhanguera, sugerem que ele pode ter sido o maior pterossauro já encontrado (abaixo), desbancando o Quetzalcoatlus da América do Norte. Supõe-se que sua envergadura pudesse atingir cerca de 13 m.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
T.Rex predador ou carniceiro
Um dos maiores debates da Paleontologia atual refere-se aos hábitos alimentares do Tyrannosaurus rex, o mais famoso de todos os dinossauros já descobertos.
Quando foi descoberto o T.rex espantou os especialistas da época. Seu tamanho avantajado, suas mandíbulas gigantescas e seus dentes como punhais faziam desse animal uma visão impressionante. A primeira imagem que passou para os paleontólogos foi a de um animal poderoso, feroz e implacável, capaz de matar qualquer coisa viva que cruzasse seu caminho.
O problema é que a ciência não pode deixar-se levar por impressões. Até então não havia nenhuma prova científica conclusiva que comprovasse que o tiranossauro era um predador. Ainda sim a imagem do vilão pré-histórico perdurou por décadas.
Filmes, desenhos, em todos os lugares os tiranossauros eram ferozes e cruéis dinossauros sempre prontos a liquidar uma vítima indefesa.
Mas havia um homem que começava a duvidar dessa imagem. Um paleontólogo norte-americano que começou a questionar a imagem de "bad-boy" do tiranossauro. Esse homem era Jack Horner.
Horner já ficara famoso dentro da Paleontologia graças a suas descobertas e seus estudos dos ninhos e do comportamento maternal do Maiasaura, um dinossauro bico-de-pato do final do Cretáceo. Mas agora ele pretendia ir à fundo no caso do tiranossauro. Horner não acreditava em impressões e decidiu fazer ciência de verdade, procurando provas reais e não simplesmente aceitando uma idéia imposta pela aparência.
Depois de algum tempo de pesquisa Horner trouxe uma nova idéia que chocou a comunidade científica: ele acreditava ter encontrado provas de que o tiranossauro não era um predador, mas um necrófago, um carniceiro, tal como abutres e urubus, só que bem maior.
A maioria dos especialistas rejeita suas idéias. Para comprovarem a teoria do tiranossauro como predador eles também começaram uma verdadeira corrida para encontrar provas que contrariem as de Horner.
Hoje existe um grande debate, onde os dois lados apresentam idéias bem fortes, o que equilibra o jogo. A seguir tentarei resumir alguns dos pontos nos quais Horner baseia suas idéias e, logo ao lado, as provas que podem não validar os mesmos:
Sobre os membros dianteiros...
O que Horner diz:
O tiranossauro tinha braços muito curtos e fracos, incapazes até mesmo de se tocarem um ao outro. Eram praticamente inúteis. Sem ter braços fortes o tiranossauro seria incapaz de apanhar uma presa ou segurá-la durante uma luta. Sem poder segurar o tiranossauro seria incapaz de caçar.
O que dizem seus opositores:
O tiranossauro realmente tinha braços bem pequenos que, provavelmente, eram vestígios quase inúteis. Mas mesmo que não pudesse agarrar com eles o tiranossauro poderia usar suas mandíbulas poderosas. Estudos demonstraram que o tiranossauro tinha uma mandíbula 3 vezes mais potente que a dos grandes crocodilos e tubarões-brancos. Além disso seus dentes eram especialmente desenhados para segurar firme. O pescoço curto e robusto era também útil para resistir à grandes pressões. Tendo uma cabeça e um pescoço preparados para resistir ao estresse de uma presa em luta o tiranossauro não precisaria de seus braços. Hoje podemos observar essa situação em aves de rapina e crocodilos.
Sobre a capacidade de correr...
O que Horner diz:
O tiranossauro tinha costelas frágeis que poderiam se partir com facilidade. Se um desses enormes animais, que poderia pesar até 7 toneladas estivesse correndo e, de repente tropeçasse, o tombo acabaria por provocar fraturas letais no tiranossauro, levando à morte. Assim o tiranossauro não poderia se arriscar. Ele provavelmente não corria.
O que dizem seus opositores:
Fraturas podem acontecer com qualquer animal de qualquer tamanho, mesmo numa queda ou num tombo. Cavalos e veados podem fraturar uma perna com facilidade. Nem por isso deixam de ser corredores incríveis. O tiranossauro, sendo bem mais pesado, também tinha seus riscos, mas isso não poderia ser fator que o impedisse de correr.
Sobre a velocidade...
O que Horner diz:
Os membros traseiros do tiranossauro apresentam particularidades que levam a crer que ele era incapaz de correr. Os ossos da canela e da coxa são praticamente do mesmo tamanho, o que difere da maioria dos animais velocistas que apresentam ossos da canela levemente maiores que os da coxa. O tiranossauro provavelmente era um animal adaptado para andar por grandes distâncias, mas não para correr. Mesmo que corresse é provável que não fosse muito veloz.
O que dizem seus opositores:
A anatomia de um animal pode trazer grandes pistas sobre sua agilidade. Mas a maneira mais confiável de se estabelecer a que velocidade um animal poderia andar ou correr é estudando suas pegadas. A partir delas um especialista pode determinar com mais precisão a velocidade real com a qual o animal se movia. Durante anos nunca se soube de uma pegada de tiranossauro. Por isso sua velocidade era apenas estimada, baseando-se em terópodes menores. Nos anos 90 foi descoberta a primeira trilha de pegadas de tiranossauro e a partir delas pôde-se estabelecer a velocidade real do animal como tendo cerca de 15 km/h andando e 37 a 44 km/h correndo, o que é bastante bom para um animal terrestre. Sendo assim fica confirmado que o tiranossauro podia correr, e muito.
Sobre o olfato...
O que Horner diz:
Estudos internos utilizando tomografia computadorizada demonstraram que o cérebro do tiranossauro apresentava um enorme bulbo olfativo. Também mostraram que a cavidade olfativa do tiranossauro era a maior entre todas as criaturas fósseis, em proporção ao tamanho da cabeça. Esses dados indicam que o tiranossauro tinha um sentido de olfato excepcional, sendo talvez o mais importante de todos.Tendo um olfato tão bom é provável que o T.rex pudesse sentir odores à quilômetros de distância. Essa capacidade permitia ao animal detectar carcaças muito distantes. É mais um indício de que ele, na realidade, era um carniceiro.
O que dizem seus opositores:
Realmente o tiranossauro tinha um dos melhores olfatos de todos os tempos. Mas não são só os carniceiros que possuem bom olfato. Predadores também são munidos dessa capacidade, que pode ser de extrema importância para a detecção de presas potenciais.
Sobre a visão...
O que Horner diz:
Ao estudar o cérebro do tiranossauro Horner acredita que a região correspondente à visão era pequena demais. Para ele essa é uma prova de que o tiranossauro não tinha uma boa visão. Sem uma boa visão o tiranossauro teria dificuldade de conseguir caçar.
O que dizem seus opositores:
Muitos contestam as análises de Horner. Eles não consideram o tamanho do lóbulo ocular como indício único de acuidade visual. Eles lembram que o tiranossauro apresentava uma característica bastante interessante que está relacionada com a posição dos olhos. No T.rex os olhos são quase que totalmente frontais. Essa característica proporciona a chamada "visão estereoscópica", que permitia ao animal ter uma excelente noção de profundidade, distância e volume. Apesar de não indicar diretamente a acuidade visual, a visão estereoscópica nos dias de hoje está presente em animais cuja visão é muito aguçada, como aves de rapina e felinos. A visão estereoscópica é característica rara entre os animais e está presente em apenas dois tipos: predadores de topo e animais arborícolas. No primeiro caso ela é importante para calcular melhor um ataque. No segundo é primordial para se calcular um salto de um galho para o outro ou mesmo uma acrobacia, evitando uma queda iminente. O T.rex provavelmente não era arborícola. Sendo assim o motivo de apresentar tal tipo de visão seria o de ser um predador de topo em seu ecossistema. Ainda sim, mesmo que sua visão não fosse das melhores não estaria descartado como predador. A visão pode ser uma ferramenta muito útil para um predador, mas não é a única. Crocodilos, serpentes, sapos, algumas espécies de morcegos, botos, etc... não possuem uma visão muito eficiente, mas são excelentes predadores. Esses animais desenvolveram outros sentidos que suprem a carência de boa visão. Mesmo que não enxergasse bem, o tiranossauro, com seu olfato e outros sentidos poderia suprir essa necessidade.
Sobre as provas fósseis...
O que Horner diz:
Já foram encontrados coprólitos (fezes fossilizadas) de tiranossauro com restos de ossos de dinossauros e marcas de dentes de T.rex em ossos da bacia de um Triceratops, o que prova que o T.rex comia carne, principalmente de outros dinossauros. Mas não prova que ele tenha abatido tais criaturas. A presença de ossos bem triturados indica que o tiranossauro comia grande quantidade dos mesmos, característica de um carniceiro que teve de se contentar com os restos deixados por outros carnívoros, incluindo ossos.
O que dizem seus opositores:
Realmente é difícil comprovar se os animais comidos pelo tiranossauro foram, ou não, mortos por ele. Mas existem algumas provas fósseis que podem provar as capacidades predatórias do mesmo. Um esqueleto de Edmontosaurus descoberto há alguns anos apresenta uma clara marca de mordida de T.rex na cauda, o que levou a fratura de alguns ossos. O que chamou a atenção é que a região da fratura foi calcificada. Isso demonstra que o animal foi mordido ainda vivo e sobreviveu ao ataque, vivendo tempo suficiente para a cicatrização do ferimento. Por que um tiranossauro atacaria um dinossauro herbívoro vivo e forte, sabidanente uma de suas fontes de alimento, se não para abatê-lo? Nesse caso em particular o tiranossauro não teve muita sorte, pois o herbívoro conseguiu escapar.Também foram encontradas marcas de enormes mordidas em outros tiranossauros, o que mostra que tais animais travaram lutas ferozes entre si, e, às vezes, comiam uns aos outros. A famosa Sue, um dos maiores T.rex já encontrados provavelmente morreu graças ao ataque feroz de outro de sua espécie. Tais provas são conclusivas no que se refere à capacidade de matar outros animais do tiranossauro.
Com você pôde perceber as duas teorias têm fortes indícios a seu favor. Eu procurei nesse resumo mostrar os dois lados da moeda, permitindo a você tirar suas próprias conclusões.
O mais provável, na minha opinião, é que o tiranossauro era, antes de tudo, um oportunista. Se observarmos os carnívoros atuais, quase todos, com raras exceções, nunca são totalmente predadores ou totalmente carniceiros. Isso se aplica a tubarões, crocodilos, leões, hienas e abutres. Dependendo da situação eles podem agir de uma maneira ou de outra. O que vale é conseguir a comida.
Acredito que para o tiranossauro a regra também valia. Não duvido que um T.rex pudesse abater grandes hadrossauros ou mesmo ceratopsianos, os maiores e mais abundantes herbívoros de seu tempo. Mas caso tivesse azar na caça ele dificilmente dispensaria uma carcaça fácil e disponível.
É possível que quando mais jovens, os tiranossauros fossem mais ativos e ágeis. Provavelmente essa época seria sua melhor fase como predador. Com força e rapidez os T.rex adolescentes, com cerca de 10 metros de comprimento e 2,5 toneladas poderiam abater quase todo tipo de presa que encontrassem, mesmo as mais ágeis. Podem ainda ter complementado sua dieta com restos deixados por outros dinossauros carnívoros.
Conforme ficavam mais velhos, os tiranossauros ficavam maiores e mais pesados, mas também mais espertos. Mesmo que ainda capazes de caçar ativamente é possível que os T.rex adultos, os maiores carnívoros de seu tempo, usassem seu tamanho e sua aparência assustadora para espantar predadores menores, para roubar-lhes as presas. Esse tipo de situação é bastante vista nas planícies africanas. Os leões machos, grandes e assustadores são experts em usar de terror para roubar presas de leopardos, cheetas, hienas e até das leoas. Com sua atitude intimidadora eles quase sempre conseguem o que querem. Os menores, sem ânimo para enfrentar os grandalhões, quase sempre cedem seu prêmio conseguido à tanto custo.
Essa lei pode ter sido válida há 65 milhões de anos, na época do T.rex. Não se sabe de nenhum dinossauro grande o suficiente para enfrentar o rei naquele ecossistema. Com sua aparência rude, seu enorme tamanho e seu urro assustador o T.rex poderia espantar qualquer um.
Talvez, quando fosse muito velho, fraco demais para assustar alguém, o tiranossauro sobreviveria de restos que, com sorte, pudesse arranjar.
Quando foi descoberto o T.rex espantou os especialistas da época. Seu tamanho avantajado, suas mandíbulas gigantescas e seus dentes como punhais faziam desse animal uma visão impressionante. A primeira imagem que passou para os paleontólogos foi a de um animal poderoso, feroz e implacável, capaz de matar qualquer coisa viva que cruzasse seu caminho.
O problema é que a ciência não pode deixar-se levar por impressões. Até então não havia nenhuma prova científica conclusiva que comprovasse que o tiranossauro era um predador. Ainda sim a imagem do vilão pré-histórico perdurou por décadas.
Filmes, desenhos, em todos os lugares os tiranossauros eram ferozes e cruéis dinossauros sempre prontos a liquidar uma vítima indefesa.
Mas havia um homem que começava a duvidar dessa imagem. Um paleontólogo norte-americano que começou a questionar a imagem de "bad-boy" do tiranossauro. Esse homem era Jack Horner.
Horner já ficara famoso dentro da Paleontologia graças a suas descobertas e seus estudos dos ninhos e do comportamento maternal do Maiasaura, um dinossauro bico-de-pato do final do Cretáceo. Mas agora ele pretendia ir à fundo no caso do tiranossauro. Horner não acreditava em impressões e decidiu fazer ciência de verdade, procurando provas reais e não simplesmente aceitando uma idéia imposta pela aparência.
Depois de algum tempo de pesquisa Horner trouxe uma nova idéia que chocou a comunidade científica: ele acreditava ter encontrado provas de que o tiranossauro não era um predador, mas um necrófago, um carniceiro, tal como abutres e urubus, só que bem maior.
A maioria dos especialistas rejeita suas idéias. Para comprovarem a teoria do tiranossauro como predador eles também começaram uma verdadeira corrida para encontrar provas que contrariem as de Horner.
Hoje existe um grande debate, onde os dois lados apresentam idéias bem fortes, o que equilibra o jogo. A seguir tentarei resumir alguns dos pontos nos quais Horner baseia suas idéias e, logo ao lado, as provas que podem não validar os mesmos:
Sobre os membros dianteiros...
O que Horner diz:
O tiranossauro tinha braços muito curtos e fracos, incapazes até mesmo de se tocarem um ao outro. Eram praticamente inúteis. Sem ter braços fortes o tiranossauro seria incapaz de apanhar uma presa ou segurá-la durante uma luta. Sem poder segurar o tiranossauro seria incapaz de caçar.
O que dizem seus opositores:
O tiranossauro realmente tinha braços bem pequenos que, provavelmente, eram vestígios quase inúteis. Mas mesmo que não pudesse agarrar com eles o tiranossauro poderia usar suas mandíbulas poderosas. Estudos demonstraram que o tiranossauro tinha uma mandíbula 3 vezes mais potente que a dos grandes crocodilos e tubarões-brancos. Além disso seus dentes eram especialmente desenhados para segurar firme. O pescoço curto e robusto era também útil para resistir à grandes pressões. Tendo uma cabeça e um pescoço preparados para resistir ao estresse de uma presa em luta o tiranossauro não precisaria de seus braços. Hoje podemos observar essa situação em aves de rapina e crocodilos.
Sobre a capacidade de correr...
O que Horner diz:
O tiranossauro tinha costelas frágeis que poderiam se partir com facilidade. Se um desses enormes animais, que poderia pesar até 7 toneladas estivesse correndo e, de repente tropeçasse, o tombo acabaria por provocar fraturas letais no tiranossauro, levando à morte. Assim o tiranossauro não poderia se arriscar. Ele provavelmente não corria.
O que dizem seus opositores:
Fraturas podem acontecer com qualquer animal de qualquer tamanho, mesmo numa queda ou num tombo. Cavalos e veados podem fraturar uma perna com facilidade. Nem por isso deixam de ser corredores incríveis. O tiranossauro, sendo bem mais pesado, também tinha seus riscos, mas isso não poderia ser fator que o impedisse de correr.
Sobre a velocidade...
O que Horner diz:
Os membros traseiros do tiranossauro apresentam particularidades que levam a crer que ele era incapaz de correr. Os ossos da canela e da coxa são praticamente do mesmo tamanho, o que difere da maioria dos animais velocistas que apresentam ossos da canela levemente maiores que os da coxa. O tiranossauro provavelmente era um animal adaptado para andar por grandes distâncias, mas não para correr. Mesmo que corresse é provável que não fosse muito veloz.
O que dizem seus opositores:
A anatomia de um animal pode trazer grandes pistas sobre sua agilidade. Mas a maneira mais confiável de se estabelecer a que velocidade um animal poderia andar ou correr é estudando suas pegadas. A partir delas um especialista pode determinar com mais precisão a velocidade real com a qual o animal se movia. Durante anos nunca se soube de uma pegada de tiranossauro. Por isso sua velocidade era apenas estimada, baseando-se em terópodes menores. Nos anos 90 foi descoberta a primeira trilha de pegadas de tiranossauro e a partir delas pôde-se estabelecer a velocidade real do animal como tendo cerca de 15 km/h andando e 37 a 44 km/h correndo, o que é bastante bom para um animal terrestre. Sendo assim fica confirmado que o tiranossauro podia correr, e muito.
Sobre o olfato...
O que Horner diz:
Estudos internos utilizando tomografia computadorizada demonstraram que o cérebro do tiranossauro apresentava um enorme bulbo olfativo. Também mostraram que a cavidade olfativa do tiranossauro era a maior entre todas as criaturas fósseis, em proporção ao tamanho da cabeça. Esses dados indicam que o tiranossauro tinha um sentido de olfato excepcional, sendo talvez o mais importante de todos.Tendo um olfato tão bom é provável que o T.rex pudesse sentir odores à quilômetros de distância. Essa capacidade permitia ao animal detectar carcaças muito distantes. É mais um indício de que ele, na realidade, era um carniceiro.
O que dizem seus opositores:
Realmente o tiranossauro tinha um dos melhores olfatos de todos os tempos. Mas não são só os carniceiros que possuem bom olfato. Predadores também são munidos dessa capacidade, que pode ser de extrema importância para a detecção de presas potenciais.
Sobre a visão...
O que Horner diz:
Ao estudar o cérebro do tiranossauro Horner acredita que a região correspondente à visão era pequena demais. Para ele essa é uma prova de que o tiranossauro não tinha uma boa visão. Sem uma boa visão o tiranossauro teria dificuldade de conseguir caçar.
O que dizem seus opositores:
Muitos contestam as análises de Horner. Eles não consideram o tamanho do lóbulo ocular como indício único de acuidade visual. Eles lembram que o tiranossauro apresentava uma característica bastante interessante que está relacionada com a posição dos olhos. No T.rex os olhos são quase que totalmente frontais. Essa característica proporciona a chamada "visão estereoscópica", que permitia ao animal ter uma excelente noção de profundidade, distância e volume. Apesar de não indicar diretamente a acuidade visual, a visão estereoscópica nos dias de hoje está presente em animais cuja visão é muito aguçada, como aves de rapina e felinos. A visão estereoscópica é característica rara entre os animais e está presente em apenas dois tipos: predadores de topo e animais arborícolas. No primeiro caso ela é importante para calcular melhor um ataque. No segundo é primordial para se calcular um salto de um galho para o outro ou mesmo uma acrobacia, evitando uma queda iminente. O T.rex provavelmente não era arborícola. Sendo assim o motivo de apresentar tal tipo de visão seria o de ser um predador de topo em seu ecossistema. Ainda sim, mesmo que sua visão não fosse das melhores não estaria descartado como predador. A visão pode ser uma ferramenta muito útil para um predador, mas não é a única. Crocodilos, serpentes, sapos, algumas espécies de morcegos, botos, etc... não possuem uma visão muito eficiente, mas são excelentes predadores. Esses animais desenvolveram outros sentidos que suprem a carência de boa visão. Mesmo que não enxergasse bem, o tiranossauro, com seu olfato e outros sentidos poderia suprir essa necessidade.
Sobre as provas fósseis...
O que Horner diz:
Já foram encontrados coprólitos (fezes fossilizadas) de tiranossauro com restos de ossos de dinossauros e marcas de dentes de T.rex em ossos da bacia de um Triceratops, o que prova que o T.rex comia carne, principalmente de outros dinossauros. Mas não prova que ele tenha abatido tais criaturas. A presença de ossos bem triturados indica que o tiranossauro comia grande quantidade dos mesmos, característica de um carniceiro que teve de se contentar com os restos deixados por outros carnívoros, incluindo ossos.
O que dizem seus opositores:
Realmente é difícil comprovar se os animais comidos pelo tiranossauro foram, ou não, mortos por ele. Mas existem algumas provas fósseis que podem provar as capacidades predatórias do mesmo. Um esqueleto de Edmontosaurus descoberto há alguns anos apresenta uma clara marca de mordida de T.rex na cauda, o que levou a fratura de alguns ossos. O que chamou a atenção é que a região da fratura foi calcificada. Isso demonstra que o animal foi mordido ainda vivo e sobreviveu ao ataque, vivendo tempo suficiente para a cicatrização do ferimento. Por que um tiranossauro atacaria um dinossauro herbívoro vivo e forte, sabidanente uma de suas fontes de alimento, se não para abatê-lo? Nesse caso em particular o tiranossauro não teve muita sorte, pois o herbívoro conseguiu escapar.Também foram encontradas marcas de enormes mordidas em outros tiranossauros, o que mostra que tais animais travaram lutas ferozes entre si, e, às vezes, comiam uns aos outros. A famosa Sue, um dos maiores T.rex já encontrados provavelmente morreu graças ao ataque feroz de outro de sua espécie. Tais provas são conclusivas no que se refere à capacidade de matar outros animais do tiranossauro.
Com você pôde perceber as duas teorias têm fortes indícios a seu favor. Eu procurei nesse resumo mostrar os dois lados da moeda, permitindo a você tirar suas próprias conclusões.
O mais provável, na minha opinião, é que o tiranossauro era, antes de tudo, um oportunista. Se observarmos os carnívoros atuais, quase todos, com raras exceções, nunca são totalmente predadores ou totalmente carniceiros. Isso se aplica a tubarões, crocodilos, leões, hienas e abutres. Dependendo da situação eles podem agir de uma maneira ou de outra. O que vale é conseguir a comida.
Acredito que para o tiranossauro a regra também valia. Não duvido que um T.rex pudesse abater grandes hadrossauros ou mesmo ceratopsianos, os maiores e mais abundantes herbívoros de seu tempo. Mas caso tivesse azar na caça ele dificilmente dispensaria uma carcaça fácil e disponível.
É possível que quando mais jovens, os tiranossauros fossem mais ativos e ágeis. Provavelmente essa época seria sua melhor fase como predador. Com força e rapidez os T.rex adolescentes, com cerca de 10 metros de comprimento e 2,5 toneladas poderiam abater quase todo tipo de presa que encontrassem, mesmo as mais ágeis. Podem ainda ter complementado sua dieta com restos deixados por outros dinossauros carnívoros.
Conforme ficavam mais velhos, os tiranossauros ficavam maiores e mais pesados, mas também mais espertos. Mesmo que ainda capazes de caçar ativamente é possível que os T.rex adultos, os maiores carnívoros de seu tempo, usassem seu tamanho e sua aparência assustadora para espantar predadores menores, para roubar-lhes as presas. Esse tipo de situação é bastante vista nas planícies africanas. Os leões machos, grandes e assustadores são experts em usar de terror para roubar presas de leopardos, cheetas, hienas e até das leoas. Com sua atitude intimidadora eles quase sempre conseguem o que querem. Os menores, sem ânimo para enfrentar os grandalhões, quase sempre cedem seu prêmio conseguido à tanto custo.
Essa lei pode ter sido válida há 65 milhões de anos, na época do T.rex. Não se sabe de nenhum dinossauro grande o suficiente para enfrentar o rei naquele ecossistema. Com sua aparência rude, seu enorme tamanho e seu urro assustador o T.rex poderia espantar qualquer um.
Talvez, quando fosse muito velho, fraco demais para assustar alguém, o tiranossauro sobreviveria de restos que, com sorte, pudesse arranjar.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Ceratossauro
O Ceratossauro cujo nome significa " lagarto de chifre nasal ", devido à protuberância que possui no focinho. Viveu durante o período Jurássico na África e América do norte (Colorado e Utah). É um parente do Alossauro, mas ao contrário de todos os outros grandes terópodes que viveram após ele, tinha quatro dedos nas patas superiores. Além disso tinha estranhas protuberâncias ósseas sobre os olhos.
Dados do Dinossauro:
Nome Científico: Ceratosaurus nasicornis
Época: Jurássico
Local onde viveu: África e América do Norte
Peso: Cerca de 1 tonelada
Tamanho: 6 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora
Camarassauro
O camarassauro (Camarasaurus supremus, do latim "lagarto câmara") foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu no fim do período Jurássico. Media cerca de 15 metros de comprimento e pesava cerca de 19 toneladas.
O nome camarassauro ("lagarto câmara", como visto anteriormente) é em virtude das câmaras de ar que este dinossauros possuía em suas vértebras e que, provavelmente, serviam para reduzir seu peso.
Os camarassauros conseguiam erguer-se facilmente sobre as pernas traseiras atingindo uma altura de quase 10 metros, eles faziam isso para comer as folhas das árvores mais altas e/ou as folhas das copas das árvores. Segundo alguns estudiosos, para se defender os camarassauros usavam as patas dianteiras, dotadas de garras, e o seu longo rabo.
O camarassauro viveu na América do Norte, embora existem fortes vestígios de que também tenha vivido na Europa.
Dados do Dinossauro:
Nome Científico: Camarasaurus supremos, C. grandis, C. lentos, C. alenquerensis e C. lewisi
Época: Jurássico
Local onde viveu: América do Norte
Peso: Cerca de 20 toneladas
Tamanho: 15 metros de comprimento
Alimentação: Herbívora
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Velociraptor
O Velociraptor mongoliensis cujo nome significa "ladrão veloz " vivia em grandes bandos, de 5 a 20 animais, era feroz e agressivo, alcançando altas velocidades, era uma das menores espécies de raptores. Esse predador percorria as florestas do período Cretáceo caçando mamíferos ou pequenos dinossauros herbívoros, matando-os e devorando-os. As vítimas ficavam aterrorizadas e tinham pouca chance de escapar. A longa e afiada garra existente em cada pata traseira chegava a 11 cm e era voltada pra dentro e usada para ferir e dilacerar sua presa.
Vivendo principalmente na Mongólia, o Velociraptor pertencia a uma família de perigosos e astutos caçadores. Esse animal tinha a aparência de um lagarto, tanto na pele quanto no formato, mas movia-se com a velocidade e a inteligência de um leopardo. Tinha uma cabeça de 16 cm e focinho alongado.
O Velociraptor possuía clavícula, o que era incomum nos outros dinossauro. Desse modo, os braços ganhavam forças para agarrar a vítima com mais firmeza. Antes da descoberta do Velociraptor na Mongólia, em 1924, cientistas achavam que os dinossauros eram seres lerdos e estúpidos. Mas o Velociraptor, além de ágil era também muito esperto e inteligente.
Dados do Dinossauro:
Nome Científico: Velociraptor mongoliensis
Época: Cretáceo, entre 84 à 80 milhões de anos atrás
Local onde viveu: Ásia, Mongólia e China
Peso: até 50 kg
Tamanho: de 1,8 m de comprimento e 60 cm de altura
Alimentação: Carnívora
Carcharodontossauro
O carcharodontossauro (Carcharodontosaurus saharicus, do latim "lagarto com dente de tubarão") foi uma espécie de dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo. Media em torno de 14 metros de comprimento, 6 metros de altura e pesava cerca de 8 toneladas. O seu nome foi inspirado no nome científico de outro grande predador: o tubarão branco (Carcharodon carcharias).
O carcharodontossauro viveu na América do Norte e na África. Esse assustador dinossauro é provavelmente um dos maiores e mais temíveis terópodes que já existiram.
Como o nome já diz, o carcharodontossauro possuía dentes diferentes dos encontrados em carnívoros de seu tamanho: seus dentes eram serrilhados e não eram curvados para dentro, donde conclui-se que eram feitos para serrar e cortar, não para perfurar. Esse dinossauro conseguia morder com extrema força, superando em três vezes qualquer crocodilo atual.
Era relativamente veloz para seu tamanho: podia superar 49 km/h e alcançar presas facilmente. Caçava em emboscadas, esperando que a presa aparecesse; tentava abatê-la com uma poderosa mordida. Caso fosse preciso, poderia perseguí-la por um bom percurso.
O carcharodontossauro tinha inteligência um tanto limitada: seu cérebro assemelhava-se com o do giganotossauro, um carnívoro muito parecido.
Embora seu comportamento social ainda não tenha sido devidamente estudado, estima-se que este carnívoro era solitário, caçando presas sempre menores do que ele. Contudo, provavelmente casais dessa espécie se juntassem para cuidar de suas crias.
Dados do Dinossauro:
Nome Científico: Carcharodontosaurus saharicus
Época: Cretáceo
Local em que viveu: Norte da África ( Egito, Marrocos, Tunísia, etc)
Tamanho: 15 metros de comprimento
Peso: Cerca de 9 toneladas
Alimentação: Carnívora
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